Minha atuação como coordenador de produção da exposição Pontos de Vida marcou um dos momentos mais significativos da minha trajetória no Centro Cultural Veras. Essa mostra, curada por Josué Mattos a partir da Coleção Catarina (coleção privada de Ylmar Corrêa), foi um marco para o espaço, não apenas pela densidade de obras reunidas, mas também pelo alto engajamento do público, tornando-se a exposição de maior visitação na história do Veras durante seu período de exibição.

Como coordenador de produção, estive à frente de diversas etapas fundamentais para a realização do projeto. Atuei diretamente na elaboração e gestão orçamentária, coordenei e atuei nas equipes de montagem e desmontagem da exposição, e garanti o cumprimento dos prazos e das exigências técnicas. Além disso, fui responsável por organizar toda a programação paralela ao projeto, como visitas guiadas para grupos, encontros com educadores e aulas abertas com o professor e crítico Raul Antelo, ações que ampliaram o alcance da exposição e aprofundaram os diálogos propostos por ela.

A exposição reuniu obras de nomes como Eli Heil, Paulo Gaiad e Fernando Lindote, articulando suas poéticas singulares com criações de artistas como Willian Santos, Laura Vinci, Julia Amaral, Farnese de Andrade e Sérgio Adriano H. A curadoria construiu arquipélagos visuais em que o céu, a terra e o mar se encontram, não como metáforas isoladas, mas como corpos vivos que expressam um compromisso comum: reimaginar o mundo a partir da arte e das urgências do presente.

Nesse contexto, minha função foi garantir que toda a complexidade e delicadeza do projeto se materializassem com excelência e fluidez, respeitando tanto a integridade das obras quanto o cuidado com os públicos que circularam pelo espaço. Pontos de Vida me desafiou e me formou enquanto produtor, reafirmando minha convicção sobre o papel da produção cultural como mediadora entre a criação e a coletividade.